Curso de Técnicos de Aconselhamentos

A Formação de Técnicos de Aconselhamento na Sociedade Portuguesa de Psicoterapias Breves foi iniciada em 1988. O Aconselhamento tem como objectivo “ajudar os clientes a perceberem e a clarificarem a sua vida, a aprender a alcançar os seus objectivos através de escolhas responsáveis e através da resolução de problemas de natureza emocional ou relacional”. (Berkes and Sheffe, 1979)


É uma actividade interdisciplinar que se configura em diferentes teorias e contribuições. Na sua vertente Institucional o Aconselhamento – Counselling, tem uma grande importância, permitindo uma intervenção de identificação precoce de disfuncionalidades do Individuo, por parte do Técnico com esta Formação, e ao serviço da Instituição onde este se encontra integrado.

A Formação de Técnicos de Aconselhamento é composta por:

  1. Psicoterapia individual com carácter didáctico com um Psicoterapeuta Titular Didacta, que deverá ter a duração mínima de dois anos (OPCIONAL).
  2. Curso teórico com a duração de dois anos, aproximadamente 100 horas
  3. Actividade clínica supervisionada por um Psicoterapeuta Titular Didacta com a duração mínima de 80 horas
  4. Apresentação de um Trabalho Final orientado pelo Supervisor Clínico.

  1. Condições de Admissão
  2. Temáticas
  3. Referências Bibliográficas
  4. Directrizes para o Trabalho Final
  5. Avaliação
  6. Candidaturas

Condições de Admissão

As candidaturas para a admissão encontram-se abertas.

Poderão ser admitidos a esta formação os seguintes candidatos:

  • Licenciatura em Medicina.
  • Licenciatura de cinco anos ou Mestrado Integrado em Psicologia com área de Curso e estágio na área de Psicologia Educacional, Social e Criminal.
  • Licenciatura em Ciências Sociais e Humanas com intervenção na área Social.
  • Enfermeiros com especialidade em Saúde Mental e Psiquiatria.
  • Terapeutas da Fala.
  • Sociólogos.
  • Educadores de Infância.
  • Juristas.

Temáticas

I – APRESENTAÇÃO GERAL DO MODELO TEÓRICO

II – QUADRO DE REFERÊNCIA TEÓRICO – TEORIA ANALITICA

III – PERSPETIVA FENOMENOLOGICO-EXISTENCIAL

IV – ABORDAGEM DIALÓGICA E CONTRIBUTOS DE OUTROS AUTORES DA FENOMENOLOGIA EXISTENCIAL

V – INTEGRAÇÃO DO MIPB

VI – O PROCESSO DO MODELO INTEGRADO DE ACONSELHAMENTO BREVE FOCAL

VII – ÉTICA E DEONTOLOGIA

VIII – O ACONSELHAMENTO EM DIFERENTES CONTEXTOS

IX – OUTRAS MODELOS TEÓRICOS DE REFERÊNCIA


Referências Bibliográficas

Bellak, L., Siegel, H. (1986). Manual de Psicoterapia Breve, Intensiva y de Urgencia. Manual Moderno.
Benjamim, A. (1978). A Entrevista de Ajuda. São Paulo: Martins Fontes
Bergeret J., (1988). “Personalidade normal e patológica”, Artes Médicas, Porto Alegre.
Bergeret J., (1998). “Psicologia patológica – Teórica e pratica”, Climepsi, Lisboa,
Boss M., (1979).  “Na noite passada eu sonhei…”, Summus, São Paulo.
Camon, V., Feijoo, A.M., Giovanetti, J.P., Schmidling, R. (1999) A Prática da Psicoterapia. São Paulo: Pioneira
Camon, V. (2003) Temas Existenciais em Psicoterapia. Brasil: Thomson
Cancello Luiz  A. G., (1991) “ O fio das palavras – Um estudo de psicoterapia existencial”, Summus, São Paulo,.
Critelli, D. M. (1996) Analítica do Sentido. São Paulo: Editora Brasiliense
Feltham, C. (1997). Time-Limited Counselling. London: Sage Publications
Fiorini, H. J. (1976). Teorias e Técnicas de Psicoterapia. Rio de Janeiro: Francisco Alves
Frankl, Victor, (1991)..”Em busca de sentido – Um prisioneiro no campo de concentração”, Editora Vozes, Petrópolis,
Frankl, Victor, (1991)..”Em busca de sentido – A Presença Ignorada de Deus”, Vozes, Petrópolis,
Freud, S. (2001). “O Conceito de Inconsciente”  Cap. 3 pg. 141 a 201 in “Textos Essenciais a Psicanálise”, Volume I, Europa-América, Lisboa.
Freud, S. (1969.). “ Recordar repetir e elaborar, in: Novas recomendações sobre a técnica da psicanálise” , Imago, vol. XII, Rio de Janeiro,
Freud Anna, (1975). “Le moi et le mécanisme de défense”, P.U.F., Paris.
Hycner, R. (1995) Relação e Cura em Gestalt – Terapia. Brasil: Summus Editorial
Hycner, R. (1995). De Pessoa a Pessoa. Brasil: Summus Editorial
Lau Ribeiro, P., (1997). “Psicoterapia breve – Um modelo integrado, Sociedade Portuguesa de Psicoterapias Breves, Lisboa.
Malan D, H., (1983). A psicoterapia individual e a ciência psicodinâmica, Artes Médicas, Porto Alegre.
Mambriani, S. (1996). A comunicação nas relações de ajuda. São Paulo: Paulinas
May, R. (1992). A Arte do Aconselhamento Psicológico. Brasil: Vozes
May, R. (1971). “O homem a procura de si próprio”, Vozes, Petrópolis R.J.
May, R. (1977). Angel E., Ellenberger H. F., “Existência – Nueva dimensión en psiquiatria y psicologia”, Gredos, Madrid.
McLeod, John, (2005), “Na Introduction to Counseling”, Open University Press, McGraw-Hill, Maindenhead
Merleau Ponty, Maurice, (1999),.”Fenomenologia da Percepção”, Martins Fontes, São Paulo,
Palmer, S., Dainow, S., Milne, P. (1996). Counselling – The BAC counselling reader. London: Sage Publications.
Patterson, L., Eisenberg, S. (1988). O Processo de Aconselhamento. Brasil: Martins Fontes.
Ribeiro, Margarida Lau. As Fronteiras entre o Aconselhamento e a Psicoterapia. in Psicoterapia Breve, Sociedade Portuguesa de Psicoterapias Breves, Janeiro – Março, pp. 9 a 11
Rogers, C., Rosenberg, R.L. (1977). A Pessoa como Centro. São Paulo: EPU e EDUSP
Rogers, C., Wood, Miller e Fonseca (1983). Em Busca de Vida. São Paulo: Summus
Rogers, C. Terapia Centrada no Paciente. Lisboa, Moraes Editores, 1951
Rogers, C. Tornar-se Pessoa. Lisboa, Moraes Editores, 1977
Rosenberg, L. R.  Aconselhamento Psicológico Centrado na Pessoa.  São Paulo, 1987
Rosenberg, L. R. Uma Comunidade Centrada na Pessoa. In Rogers e Rosenberg
Rosnay, J. (1977). O Macroscópio para uma Visão Global. Arcadia
Rudio F. V., (1998).  “Diálogo maiêutico e psicoterapia existencial”, Novos Horizontes, São Paulo.
Salomé, J. Relação de Ajuda. Guia para acompanhamento Psicológico de apoio pessoal, familiar e profissional. Petrópolis, Vozes, 1995
Santos, B. (1982). Aconselhamento Psicológico e Psicoterapia: Auto-Afirmação – Um Determinante Básico. São Paulo: Pioneira.
Segal, H. (1975). Introdução à Obra de Melanie Klein. Rio de Janeiro: Imago Editora
Scheeffer, R.  Aconselhamento Psicológico – Teoria e Prática. Brasil, Atlas, 1981
Scheeffer, R.  Teorias do Aconselhamento.  Brasil, Atlas, 1983
Scheeffer, R., Grant, H. (1976). Teorias do Aconselhamento. São Paulo: Mcgraw-Hill.
Sífneos Peter E., (1989). Psicoterapia dinâmica breve avaliação e técnica, Artes Médicas, Porto Alegre.
Sífneos Peter E., (1993). A psicoterapia breve provocadora de ansiedade,  Artes Médicas, Porto Alegre.


Vaillant, G., (1992) The beginning of Wisdow is never calling a patient a borderline. The Journal of Psychotherapy Practice and Research
Van Den Berg, J. H. (1999) O Paciente Psiquiátrico – Esboço da Psicopatologia Fenomenológica. Brasil: Editora Psy.
Winnicott D. W., (1975). “O Brincar e a Realidade”, Imago, Porto Alegre.
Yalom I. D., (1996) “O executor do amor e outras estórias sobre psicoterapia”, Artes Médicas, Porto Alegre.
Yalom I. D., (2000). “Psicoterapia Existencial y terapia de grupo”, Paidos, Barcelona.


Directrizes para o Trabalho Final

  • O trabalho final da formação como Técnicos de Aconselhamento deve ser orientado pelo Supervisor Clínico – Psicoterapeuta Titular Didacta da S.P.P.B.
  • A apreciação do mesmo é da responsabilidade do Conselho Científico.
  • A apresentação deverá ser em forma de artigo científico, visando a possibilidade de publicação na revista da Sociedade.

(a) Deverá ser entregue na Sociedade dois exemplares do trabalho final e o respectivo CD.

ARTIGO CIENTÍFICO
I. Corpo do Artigo
  • Título/ Subtítulo;
  • Resumo (não exceder as 120 palavras); (5 a 8 linhas)
  • Palavras – Chave
  • Abstract (não exceder as 120 palavras);

II. Introdução

A introdução deve ser objectiva, clara e concreta e deverá conter os seguintes aspectos:

  • Porquê a escolha do tema e o que pretende estudar do tema;
  • O que tem sido trabalhado sobre o tema nos últimos anos;
  • Definir concretamente o tema que vai tratar;

Notas:

  • Quando existe citação de autores deve ser referenciada a Escola e explicar o que o conceito quer dizer nessa escola;
  • Nunca se afastar do tema, do seu objectivo e ser concreto;

III. Desenvolvimento

  • Desenvolver o tema que se propõe tratar na introdução (reflexão teórica);
  • Restringir os temas, isolando um subtema (com excertos da sessão);
  • O tema deverá ser desenvolvido de acordo com a hipótese um e/ou a hipótese dois:

 

Hipótese 1

Análise de um caso clínico fundamentando teoricamente as sessões apresentadas
Reflexão Crítica sobre a análise a desenvolver.

CASO CLÍNICO:

História Clínica 

  • Identificação;
  • Queixa principal/ motivos da consulta/ do pedido de ajuda;
  • História actual – situação actual;
  • História Pessoal;
  • História Sócio – Familiar;
  • Avaliação Psicológica;
  • Hipótese Diagnóstica;
  • Objectivos e Planeamento Terapêutico;
  • Processo de Intervenção – Processo de Aconselhamento.
Hipótese 2

Desenvolvimento de um fenómeno/ processo teórico recorrendo a dimensões clínicas com excertos clínicos de um ou mais casos;
Reflexão crítica;

IV. Conclusão ou Nota Conclusiva

V. Referências Bibliográficas

  • Artigo – ver exemplo em anexo tal como indicado pelas normas da APA;
  • Livro – ver exemplo em anexo tal como indicado pelas normas da APA;

    Notas
    Citações:
  • Nome de autor e data entre parêntesis;

    Figuras ou Quadros:
  • A sua aplicação depende da organização do texto;

    Normas para a construção de um artigo científico:

  • N.º de páginas, cerca de 20 a 30 páginas.
  • Cada parágrafo não deverá Ter mais do que 6 a 7 linhas.
  • Margens alinhadas à esquerda.
  • Tamanho de letra A 12 em Times New Roman ou Courier.
  • Espaços – Duplo espaço (2 espaços).
  • Paginar à direita.
  • Os artigos devem ser escritos na terceira pessoa do singular ou na primeira pessoa do plural.
  • Nas referências teóricas devem ser identificados os autores e obras.
  • Referências – organizadas por ordem alfabética.
  • As citações deverão estar entre aspas; Por cada citação deverá ser indicado o autor, obra, ano.

Avaliação

Avaliação Presencial e Qualitativa:

Ao longo dos dois anos lectivos é exigida a frequência de um mínimo de 75% das horas de formação teórica, bem como uma participação activa nos trabalhos propostos, nomeadamente na leitura, discussão e apresentação de trabalhos referentes aos conteúdos leccionados.
A avaliação final da formação teórica implica ainda a apresentação de um trabalho final que deverá ser orientado pelo Supervisor Clínico.

A conclusão da Formação em Técnicos de Aconselhamento implicará os pareceres do Psicoterapeuta, do Supervisor, dos Coordenadores de Formação e do Conselho Científico.


Candidaturas

Condições de Acesso

As candidaturas para a admissão encontram-se abertas.

Poderão ser admitidos a esta formação os seguintes candidatos:

  • Licenciatura em Medicina.
  • Licenciatura de cinco anos ou Mestrado Integrado em Psicologia com área de Curso e estágio na área de Psicologia Educacional, Social e Criminal.
  • Licenciatura em Ciências Sociais e Humanas com intervenção na área Social.
  • Enfermeiros com especialidade em Saúde Mental e Psiquiatria.
  • Terapeutas da Fala.
  • Sociólogos.
  • Educadores de Infância.
  • Juristas.
Documentos

A Candidatura ao Curso de Técnicos de Aconselhamento deverá ser efectuada ao cuidado do Conselho Científico desta Sociedade e implica a apresentação dos seguintes documentos:

  • Carta de apresentação;
  • Curriculum Vitae;
  • Cópia do Certificado de Habilitações Literárias;
  • E uma fotografia tipo passe.

E a realização de uma Entrevista.

Propinas: Ano Lectivo 

Formação Teórica: € 1375.00 – Onze mensalidades de 125€ por mês
Psicoterapia: Em periodicidade Semanal – uma hora – 50€ por Sessão (OPCIONAL)
Supervisão: Em periodicidade Quinzenal – em Grupo – 25€ por Sessão